Nesta época do ano o número de pessoas que procuram as clínicas dermatológicas queixando-se de micoses e outras doenças da pele, sem saber como se deu o contágio, é muito alto. Ambientes de espera forçada com janelas fechadas e ar condicionado desligado aumentam as chances de proliferação de fungos e bactérias que transmitem algumas doenças de pele. Sem mencionar as infecções virais. Quanto maior o número de pessoas dividindo o mesmo espaço com menos exclusividade, maiores as chances de contaminação.
Doenças como sarna, micoses e até o vírus do herpes são transmitidas pelo contato corpo a corpo ou através de objetos contaminados, como móveis e armários de academias. Por isso devemos ter hábitos de higiene incorporados à rotina para aumentar a barreira de proteção, já que é quase impossível, nas grandes cidades, não compartilhar nossa vida com pessoas desconhecidas.
PREVENÇÃO
Devido às baixas temperaturas do inverno tomamos banhos mais quentes e mais demorados. Com isso, deixamos a pele mais seca e suscetível às doenças porque eliminamos de sua superfície uma camada de gordura natural conhecida como manto lipídico. Ele serve como barreira de entrada de microrganismos nocivos a saúde da pele. Para evitar o desgaste desta proteção, evite banhos longos em água muito quente e opte por sabonetes leves sem o uso de buchas e esfregões.
Uma das precauções mais importantes é a higiene pessoal, como lavar frequentemente as mãos, evitar o contato com pessoas desconhecidas ou animais de estimação e evitar compartilhar roupas, acessórios ou itens comuns. Roupas e itens que são tocados por pessoas com alguma doença de pele contagiosa devem ser lavados com água morna e soluções antibacterianas e antifúngicas, a fim de evitar a propagação desses micro-organismos.
Os fungos que provocam as micoses prosperam bem em condições quentes e úmidas, como armários de piscina e escaninhos de academia. Deve-se ter o máximo de cuidado ao usar roupas guardadas em tais áreas. Prefira estocar os pertences sempre em bolsas ou sacolas para evitar contato com a superfície interna. Também é aconselhável não andar descalço em ginásios públicos e chuveiros, de forma a minimizar o risco de micose no pé.
Outras doenças como dermatite de contato, pano branco (micose de praia), psoríase, vitiligo, hanseníase e erisipela não são contagiosos e dependem de outros fatores. Mas, qualquer alteração na pele que não seja provocada por trauma reconhecido deve ser analisada por um dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, para diagnóstico e tratamento.
Fontes:
– Global Health Child Care – http://goo.gl/GQsPVw
– Portal SBD – http://goo.gl/QkBa5T
– Saúde & Fitness – http://goo.gl/uGtc6Q