A partir dos 55 anos, hormônios reguladores como a Testosterona e o Estrogênio sofrem uma queda acentuada na produção. Um dos sintomas é a falta de interesse em sociabilizar-se.
Com os atuais avanços tecnológicos e a medicina moderna, a expectativa de vida do brasileiro chega facilmente aos 75 anos, em média. Nos países mais desenvolvidos, essa expectativa sobre para a média de 85 anos. Seguindo as tendências das ultimas décadas, aqueles que nascerem a partir de 2045, baterão facilmente a marca dos 100 anos. Mas se hoje já não é possível equilibrar tempo de vida com qualidade de vida, imagine quando essa expectativa bater a marca de um século?! Segundo especialistas, a partir do momento em que cruzamos a linha dos 50 anos, uma queda vertiginosa dos nossos principais hormônios faz com que a qualidade de vida comece a depender da ajuda da medicina e suas “drogas de manutenção”. O declínio dos hormônios sexuais, a testosterona e o estradiol, a partir dos 50, representam as maiores perdas de qualidade de vida dos seres humanos, sem mencionar outros hormônios reguladores fundamentais, como a melatonina, que regula o sono e o sistema imunológico, e o hormônio do crescimento, ou HGH (do inglês Human Growth Hormone), que atua no processo de renovação celular. Sem mencionar um “sem-número” de hormônios reguladores que dependem um do outro para o equilíbrio do corpo.
Perdas para os Homens.
À medida que nossos hormônios diminuem, aumentam nossas limitações, ou seja, o principal motivo de envelhecemos é de fato nosso declínio hormonal. No caso do homem, é sabido que a Testosterona exerce mais de 200 funções no equilíbrio “bio-físico-químico”. Os órgãos com o maior número de receptores para este hormônio são, respectivamente, o coração e o cérebro. Sendo assim, fica fácil imaginar os sintomas em caso de declínio e as principais patologias decorrentes. Declínio cognitivo, depressão, irritabilidade, risco aumentado de doenças do coração, perda acentuada de massa muscular e óssea estão classificadas como as mais comuns, mas infelizmente, o homem só se dá ao trabalho de procurar um médico quando a libido diminui e aparecem problemas relacionados à baixa atividade sexual e a disfunção erétil, outras causas da baixa produção hormonal.
Nas Mulheres.
No caso das mulheres, a redução na produção de Estrogênio, principal hormônio feminino e responsável pela proteção da mulher, tem efeitos desastrosos. Ele está presente em mais de 400 funções regulatórias no organismo, não é só essencial para o desenvolvimento e manutenção dos tecidos reprodutivos femininos, como também tem efeitos fundamentais em muitos outros tecidos, incluindo o ósseo. A diminuição da produção deste hormônio está relacionada a doenças do coração, osteoporose, câncer, diabetes, hipertensão e pode ser o gatilho para o aparecimento do Alzheimer, com riscos acentuados em mulheres predispostas a doença e que entraram precocemente na menopausa.
Modulação Hormonal.
Atualmente existe uma série de tratamentos de reposição com hormônios bioidênticos, substâncias hormonais que possuem exatamente a mesma estrutura química e molecular encontrada nos hormônios produzidos no corpo humano. A reposição com essas substâncias pode melhorar sensivelmente a qualidade de vida das pessoas e evitar que 1/5 da vida do brasileiro, ou seja, os anos conquistados com o aumento da expectativa de vida ao longo de décadas, seja desperdiçada na fila de espera por tratamentos nem sempre disponíveis para todos. Se este é seu caso, pesquise mais e profundamente, converse com um médico especialista, conheça melhor os benefícios e riscos e comece logo um tratamento. É possível viver mais e melhor repondo o que falta no organismo, mas com a máxima cautela, de maneira correta, nas doses ideais para evitar complicações futuras.
Fontes:
– Sorrentino Longevity Center – http://goo.gl/HDm6GV
– Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – http://goo.gl/i2cmvz
– UOL Notícias – http://goo.gl/HGyts6