Cera, leite de rosas: o que as dermatologistas nunca usam na pele

A presença da palavra parabeno no rótulo de qualquer produto de beleza é o suficiente para a dermatologista Marcella Alves, da Clínica Les Peaux, descartá-lo.

A presença da palavra parabeno no rótulo de qualquer produto de beleza é o suficiente para a dermatologista Marcella Alves, da Clínica Les Peaux, descartá-lo.

Uma rotina diária de beleza repleta de produtos e tratamentos nem sempre é sinônimo de uma pele saudável e perfeita. Quem avisa são as próprias dermatologistas. Referência quando o assunto é o melhor cosmético para cada necessidade, elas são também especialistas em identificar itens e técnicas que não usariam – e nem recomendariam – de jeito nenhum.

Aqui, elas revelam quais são eles e por que você também deveria limá-los do seu radar de beleza.

Cera depilatória

A dermatologista Carla Vidal é categórica ao desaconselhar o uso de qualquer tipo de cera na hora de eliminar os indesejados pelos. “É uma verdadeira agressão folicular”, diz. Segundo a especialista, além dos riscos de foliculite, o uso pode provocar aparecimento de gânglios – principalmente, na axila -, manchas e infecções por conta dos microtraumas. Por isso, aconselha a lâmina ou o laser. “Até o buço recomendo raspar. É mito dizer que o pelo engrossa dessa forma. Se fosse verdade, já teríamos encontrado a solução da calvície.”

Máscara de cílios ou lápis de olho emprestado

Se você tem o costume de compartilhar maquiagem com as amigas, pare já! Essa não é uma prática bem-vista entre dermatologistas, ainda mais quando se trata de itens para a região dos olhos, que é úmida e propícia a infecções. “Se a pessoa tiver pele acneica ou terçol de repetição é ainda mais arriscado”, conta Carla. “A bactéria, em ambos os casos, é facilmente transmitida. Não uso de maneira nenhuma.”

Cosmético com parabeno

A presença da palavra parabeno no rótulo de qualquer produto de beleza é o suficiente para a dermatologista Marcella Alves, da Clínica Les Peaux, descartá-lo. “Essa substância tem propriedades estrogênicas, ou seja, comporta-se como se fosse hormônio feminino. Isso pode causar desequilíbrios hormonais diversos e, em última análise, aumentar o risco de câncer”, esclarece. Fique atenta: o termo também pode aparecer com os prefixos “butil” e “metil”.

Hidratante corporal no rosto

Não é à toa que cada hidratante é indicado para uma região específica do corpo. Aumento da oleosidade, obstrução dos poros e aparecimento de acne são, segundo Marcella, as reações mais comuns quando uma versão recomendada para o corpo é usada no rosto. “A situação pode piorar ainda mais se for usado na face um creme recomendado para mãos, pés e cotovelos. Por serem áreas com maior tendência ao ressecamento, os produtos direcionados carregam fórmulas ainda mais pesadas”, explica.

Sabonetes antissépticos

Não, eles não são vilões, mas podem se tornar caso sejam usados com frequência. Tanto Marcella, quanto a dermatologista Flávia Ravelli, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, por exemplo, não se permitem usá-los diariamente. Sabonetes antissépticos devem ficar restritos a lesões com sinais de infecção, caso contrário, podem prejudicar a barreira protetora natural da pele e ainda criar bactérias ainda mais resistentes.

Leite de rosas ou tônicos e demaquilantes com álcool na composição

Completamente impedidos de frequentar o nécessaire da Dra. Flávia, eles ficam de fora da rotina por uma razão: “podem ressecar a pele excessivamente e causar resistência bacteriana”, explica. Por isso, a especialista prefere lançar mão de soluções micelares, que limpam sem agredir a cútis.

Micropigmentação definitiva de sobrancelha A técnica que virou febre com a moda das sobrancelhas marcadas também não tem chances de entrar para a rotina de beleza de Flávia, que faz o alerta: “com o tempo, o pigmento fica esverdeado e o desenho escolhido pode não ser o que combina mais com o formato do rosto, que muda com o passar dos anos”.

Peeling de fenol

A promessa de rejuvenescimento é poderosa: fim das rugas profundas, flacidez e manchas. Em contrapartida, Flávia Ravelli destaca que, por ser bastante agressivo, este tipo de peeling é capaz de causar graves alterações de pigmentação na pele e até cicatrizes. “Não faço”, diz.

Luz pulsada

Especialista em pele negra, a dermatologista Katleen Conceição chama atenção para o risco de queimadura que o tratamento indicado para a eliminação de pelos e manchas oferece à pele de tom mais morenas. Isso porque a luz pulsada é atraída por pigmentos escuros, onde descarrega sua energia. “Pode deixar até cicatriz”, diz ela que não usa, nem recomenda.

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