Indicado para combater a flacidez de pele, o tratamento se tornou um hit dos consultórios. Aqui, um dermatologista nos ajuda a entender a importância do colágeno para o organismo e como funciona um dos produtos mais indicados do mercado para repor a substância
Desde que os bioestimuladores de colágeno se tornaram uma constante nos consultórios médicos, muita informação vem circulando a respeito da eficácia e segurança do procedimento, um dos mais indicados para combater a flacidez da pele. Sem falar nos novos produtos que surgem a todo momento, deixando muita gente na dúvida sobre qual escolher.
Uma dica certeira? Atentar-se aos estudos científicos que embasam os efeitos prometidos e ao tempo em que o produto vem sendo usado por profissionais da saúde habilitados. Sculptra®, por exemplo, é o primeiro e mais consagrado bioestimulador de colágeno à base de ácido poli-L-lático do mercado de estética – e há mais de 15 anos é usado no Brasil com resultados comprovados. É também o único que traz indicação primária em instrução de uso para aplicação na face e no corpo.
Nesta conversa com o médico dermatologista Daniel Coimbra (CRM-RJ 775754), tiramos as principais dúvidas sobre o tratamento queridinho de médicos e pacientes quando o objetivo é trazer de volta a firmeza e o volume da pele, melhorando o seu aspecto de forma tridimensional.
Para começar, por que o colágeno é tão importante para a pele?
O colágeno é uma proteína produzida naturalmente pelo organismo, está presente em vários tecidos (como tendões, ossos, unhas, cabelo) e ajuda na sustentação da pele. Com o tempo e o envelhecimento, o corpo vai diminuindo sua capacidade natural de fabricar a substância. A partir dos 30 anos, a perda é de mais ou menos 1% ao ano. Na menopausa, pode chegar a 2%. Com isso, a pele vai perdendo viço, luminosidade e densidade, e fica mais flácida.
Quais áreas do rosto e do corpo são possíveis de tratar com bioestimulador de colágeno?
Aquelas que tendem a sofrer maior perda de gordura e, assim, ficar mais flácidas e sem definição do contorno. No rosto, bochechas, queixo, papada e pescoço. No corpo, braços, abdômen, glúteos e coxas. O produto age em todas as camadas da pele, amenizando os sinais de flacidez e conferindo resultados progressivos, com aspecto natural, por até até 25 meses. Ao melhorar a qualidade geral da pele, o tratamento indiretamente suaviza linhas de expressão faciais e, no corpo, a aparência de estrias e celulites relacionadas à flacidez.
Como o ácido poli-L-lático age?
Ao ser injetado, o produto provoca uma reação inflamatória controlada à qual o corpo responde estimulando a produção de colágeno pelas células do tecido conjuntivo da própria pele do paciente. O ácido poli-L-lático eleva a fabricação de colágeno logo na primeira aplicação, tendo pico de ação por volta de seis meses depois e mantendo a produção da proteína ativa por até um ano. Além disso, tem efeito tridimensional, o que significa que atua para garantir a firmeza da pele em suas três camadas, melhorando o aspecto como um todo. Vale ressaltar que é preciso atenção à substância escolhida para garantir os resultados almejados. Ficar atento às indicações e evidências científicas que embasam os resultados prometidos são fundamentais para garantir a qualidade do produto escolhido para aplicação. Para mim, a segurança é um aspecto fundamental na escolha.
O ácido poli-L-lático atua como um preenchedor?
Não. O ácido poli-L-lático não pode ser usado como preenchedor. Ele não é indicado para aplicação em sulcos, como para disfarçar o bigode chinês ou olheiras fundas. O foco do tratamento é melhorar a sustentação e a densidade da pele e restaurar os contornos, seja do corpo ou do rosto. Mas o bioestimulador de colágeno pode ser associado com ácido hialurônico, esse sim usado para preenchimento, potencializando seu efeito. É importante que o profissional conheça a ação das substâncias e esteja capacitado para combiná-las.
O procedimento é dolorido?
Para a maioria das pessoas não; costuma-se usar apenas pomada anestésica no local das injeções. A recuperação também é tranquila. Nas horas seguintes à sessão pode haver leve sensibilidade no local das injeções quando apalpado, mas não costuma haver inchaço nem hematomas muito intensos.
Quantas sessões são necessárias?
Depende da qualidade da pele do paciente e da necessidade individual de reposição de colágeno, mas o número de aplicações normalmente varia entre duas e cinco, sendo comum pensar em uma sessão por década de vida. Para alguém na faixa dos 30 anos, por exemplo, serão necessárias três sessões (com intervalo de 30 a 60 dias entre elas); a partir dos 40, quatro sessões. Mas as pessoas envelhecem de forma diferente e os hábitos – alimentação, exposição ao sol, tabagismo, consumo de álcool e stress – também contam. Uma boa avaliação clínica é que vai determinar quantas sessões fazer para conseguir o resultado desejado.
Fonte: Vogue Brasil
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