Acne na quarentena? Veja aqui as causas e melhores tratamentos para cuidar das espinhas em cada parte do corpo em casa.
15 | MAI | 2020.
Durante o período de isolamento social, você tem usado menos maquiagem, levado a rotina de skincare mais a sério e ficado menos exposta à poluição. Porém, mesmo assim parece que as espinhas voltaram com tudo nesta quarentena, certo? Fique tranquila que isso é mais comum do que se imagina. “Cerca de 40% de adultos, principalmente mulheres sofrem com a acne adulta e, com o nível de estresse aumentado, é comum que a acne volte a aparecer”, explica a dermatologista Gina Matzenbacher, da Clínica Leger.
Segundo o dermatologista no Rio de Janeiro, Daniel Coimbra, nas teleconsultas que já fez, a maioria das queixas dos pacientes durante esse período de isolamento é sobre queda de cabelo e desenvolvimento de acne. “Sabemos que a acne está diretamente ligada ao estresse, e como ele é comum em tempos de crise, é natural que as pessoas estejam desenvolvendo mais quadros de acne”, explica.
Com o aumento do estresse, nosso organismo cria um processo inflamatório interno que vai resultar na piora das lesões, principalmente, para quem tem pré-disposição. “Sempre que a gente está estressado o corpo produz substâncias que induzem a inflamação e a acne, assim como a rosácea, o vitiligo e a psoríase são resultados de processos inflamatórios”, Ele ainda explica que, além da parte hormonal, hábitos como tabagismo e excesso de alimentos com alto índice glicêmico também favorece o aumento de cravos e espinhas.
Veja a seguir as possíveis causas e tratamentos para o desenvolvimento da acne durante a quarentena:
Têmporas, testa e parte superior das costas
Fatores como estresse, aumento da oleosidade da pele e alterações hormonais podem afetar diversas áreas do corpo e a acne pode significar coisas diferentes. “Por exemplo, espinhas no começo das costas, na testa e na lateral do rosto pode ser indício com o aumento do excesso de oleosidade no couro cabeludo e nos fios”, explica.
Zona T e queixo
A zona T (centro da testa e nariz) costuma ser mais propensa à acne mesma, por ter mais glândulas sebáceas. No queixo, geralmente aparece quando há alterações hormonais. Já na bochecha e na lateral do nariz, é preciso fazer diagnóstico específico para rosácea, que pode levar a lesões semelhantes a espinhas. “O eritema, o vermelho da rosácea, inclusive também a ver com estresse e ingestão de bebida alcoólica – que também está aumentado nessa época de quarentena”, diz Daniel.
Como tratar a acne em casa
Segundo Daniel a primeira coisa, além de consultar um dermatologista, é entender que existem vários tipos de acne. “A acne acontece desde pequenos cravos até inflamações mais graves e doloridos”, diz. Para controlar a acne em casa é importante usar produtos adequados, lavar o rosto duas vezes e optar por produtos não comedogênicos (que não causem espinhas) e texturas leves, como séruns em géis.
Vale também fazer uma esfoliação caseira com produtos prontos ou receitas naturais. Uma dica é misturar mel e açúcar cristal e esfoliar os rosto duas vezes por semana. “Já os tratamentos noturnos, dependem do tipo de acne e podem envolver diferentes tipos de ácidos, como o retinóico e até antibióticos que devem ser resultados pelo dermatologista”.
Filtro solar
Sim. O filtro solar deve ser usado mesmo em casa, principalmente, os com proteção física ou com cor. Além de proteger contra as radiações ultravioletas, eles também protegem contra a luz visível. “Atualmente, sabemos que a luz visível contribui para o envelhecimento cutâneo, o aparecimento ou piora das manchas da pele, a produção dos temíveis radicais livres e para a piora de algumas dermatoses fotoinduzidas”, diz Cibele Tamietti, dermatologista da clínica Leger.
E na hora de escolher o filtro, prefira fórmulas não oleosas e com cor. “Esse tipo de filtro protege mais do que os sem cor, principalmente contra os espectros da luz visível proveniente de dispositivos móveis”, diz Daniel.
Fonte: Revista Marie Claire