O sol pode até favorecer o aparecimento de algumas doenças, mas ele não é o vilão para todas. Existem infecções beneficiadas pelos raios solares. Esse é o caso da psoríase, que ocorre quando células da pele se acumulam e formam escamas e manchas secas que causam coceira. É uma doença que pode ter razões emocionais. “A gente sabe que a psoríase não gosta de sol. A doença melhora com a exposição ao sol, a radiação ultravioleta, o tratamento é com fototerapia”, explica a dermatologista Ana Cristina de Oliveira e Sousa.
O dermatologista Gleison Duarte explica que a psoríase é uma doença crônica relacionada a um distúrbio da imunidade: quando o sistema imune acaba atacando a própria pele, que fica vermelha, descama e pode arder e sangrar. “Ela tem alta frequência: 1,3% dos brasileiros são afetados pela psoríase. O problema é ter o diagnóstico, porque o paciente com a doença peregrina, em média, por quatro médicos para conseguir o diagnóstico. Com isso chega a demorar cinco anos para ela ser detectada e, muitas vezes, os tratamentos são incorretos”.
Na maioria dos casos, a exposição ao sol é benéfica. “Um repouso no sol forte, entre 10h e 14h, acaba ajudando. Não passa de 10 minutos. Quando o sol é mais leve, como as 16h, nós recomendamos 15 minutos”, completa o médico.
Outra doença que não é tão conhecida, mas que tende a melhorar com a exposição ao sol, é a Pitiríase rósea. É um problema que parece com uma impingem, quando começa como uma lesão e vai se desenvolvendo. No entanto, ela começa a se multiplicar. “Parece uma virose e vai se multiplicando nas áreas cobertas, por isso a exposição solar ajuda”, explica Ana Cristina.
Já a acne pode ter dois caminhos: melhorar ou piorar no Verão. Se a pessoa souber dosar a quantidade do sol, as espinhas e cravos podem diminuir. “Mas se for uma exposição solar forte, você engrossa a pele e ajuda a obstrui-la. Até o uso de protetor solar ajuda a obstruir os poros”, diz a médica.
Fonte:
Correio da Bahia – 30/12/2018
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