Os efeitos nocivos do fumo à pele não aparecem de imediato, mas gradativamente vão se acumulando no organismo.
Dizer que o cigarro faz muito mal à saúde não é novidade. Todos os anos, governos em todo o mundo investem bilhões de dólares em campanhas de conscientização para as doenças provocadas pelo fumo. No entanto, mesmo com tais investimentos, os valores gastos para cobrir os sistemas de saúde pública para o tratamentos dessas doenças ultrapassou em 2014 a marca de 2 trilhões de dólares.
De fato, tais campanhas e a sobretaxa de impostos sobre o produto têm surtido bons resultados. Nos últimos anos o número de fumantes vem apresentando uma queda considerável, mas ainda longe do ideal.
Quando o assunto é beleza, o cigarro pode ser considerado um vilão mais sorrateiro que o sol, inclusive considerado pela ciência a causa número um do envelhecimento precoce. A explicação é simples: o organismo intoxicado pelas substâncias químicas presentes no cigarro reflete na qualidade da pele o mal acumulado ao longo dos anos.
E por que isso acontece? O fumo reduz o fluxo sanguíneo, dificultando a oxigenação dos tecidos. Resultado: envelhecimento precoce e não tem creme que dê jeito nisso. As rugas acentuam-se ao redor dos olhos e em torno da boca.
Quando não ocorre oxigenação suficiente, o metabolismo se altera, afetando, por exemplo, a absorção de colágeno e das vitaminas A, C e E, que são antioxidantes naturais e que servem para neutralizar os radicais livres. A pele muda de textura e fica com aspecto de pele desnutrida.
Os efeitos não são imediatos, mas a médio e longo prazo. A pela fica opaca, cansada e a sua recuperação é quase impossível porque os danos são o reflexo de um desgaste de dentro para fora. Quem pretende melhorar a saúde e o aspecto da pele deve, antes de tudo, deixar de fumar agora. Se não conseguir sozinho, busque ajuda médica, inclusive o SUS (Sistema Único de Saúde) oferece apoio aos interessados.
Reverter o envelhecimento causado pelo fumo, apesar de ser considerada uma tarefa difícil, clínicas de dermatologia oferecem inúmeros tratamentos que prometem melhorar o aspecto da pele através do estimulo à produção de colágeno. Peelings químicos, Laser Co2 fracionado, tratamento com ácidos e outras tecnologias são amplamente sugeridas por especialistas, mas a dedicação do paciente e o uso de cosméticos na rotina pós-clínica são fundamentais.
Na dúvida, é bom consultar um dermatologista, reconhecido pela SBD, lembrando que nada adiantará se não conseguir parar de fumar.
Apesar de a maioria das pessoas ainda associar o fumo somente a problemas respiratórios e ao câncer de pulmão, o hábito de fumar aumenta o risco de desenvolver hipertensão e doenças do coração. O risco de um ataque cardíaco sobe conforme o número de cigarros e o tempo do vício.
Por exemplo, pessoas que fumam têm o dobro do risco em relação àquelas que não fumam. Já entre as mulheres este fator aumenta ainda mais a chance de ter um ataque do coração, derrame ou doença vascular, principalmente entre aquelas que usam anticoncepcionais.