ELLE | Guia do Retinol: tudo sobre a substância queridinha dos dermatologistas

Dermatologistas falam sobre os principais benefícios da substância que ganha cada vez mais adeptos e ainda dão dicas de como adicioná-la aos seus cuidados diários.

Por Bárbara Rossi| 28/03/2023

“Aumenta a elasticidade da pele, protege contra os radicais livres e estimula a produção de colágeno” | Marcella Alves  - Foto: Divulgação

“Aumenta a elasticidade da pele, protege contra os radicais livres e estimula a produção de colágeno” | Marcella Alves – Foto: Divulgação

Se você perguntar para experts de beleza qual o melhor ativo para uma rotina de skincare mais completa, certamente boa parte deles falaria sobre o retinol, um ácido da família dos retinoides derivado da vitamina A. Sua principal função é promover a renovação celular da pele. Por isso, seus benefícios são múltiplos: desde o combate a rugas e linhas finas até o tratamento de manchas e acne estão no combo. Ainda que seja um ingrediente muito recomendado por dermatologistas, seu uso precisa ser feito com cautela e acompanhado de muita informação. Conversamos com experts para te contar tudo o que você precisa saber sobre ele.

Quais são os benefícios do retinol?

O foco está nos efeitos antissinais do retinol. “Antigamente, ele era indicado apenas para peles maduras, porém, nos últimos anos, a demanda por pacientes mais jovens, que o utilizam como prevenção do envelhecimento precoce, aumentou expressivamente”, comenta a dermatologista Ingrid Campos. De acordo com a médica, o ativo é muito utilizado para suavizar manchas e uniformizar a textura e o tom da pele. Por conta da sua ação no controle de oleosidade e na redução de formação de comedões, ainda contribui no tratamento da acne. Acha que acabou? Nada disso! “Ele também aumenta a elasticidade da pele, protege contra os radicais livres e estimula a produção de colágeno“, adiciona Marcella Alves, dermatologista da Clínica Les Peaux. Alguns profissionais ainda indicam seu uso para o tratamento de celulite e estrias.

Retinol ou ácido retinóico?

Por serem do mesmo grupo de ativos e possuírem nomes parecidos, a confusão entre eles é muito comum. “A principal diferença é que primeiro não age por si só e precisa da pele para fazer efeito. O segundo é um ingrediente ativo por natureza”, esclarece Marcella. O retinol só vira ácido retinóico ao entrar em contato com o nosso corpo. Por ser um pouco mais suave, o retinol tem menos contraindicações e está presente em diferentes tipos de cosméticos. O ácido retinóico é mais potente, mas pode causar irritação, por isso, só pode ser adquirido com receita médica.

Adicionando à rotina

Por ser um ácido com poderosa ação de renovação celular, seu uso deve ser feito com cautela. Geralmente, ele é introduzido aos poucos na rotina de skincare, sempre à noite, para avaliar a resposta da pele. Para o dermatologista Alessandro Alarcão, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), essa recomendação é especialmente importante para pessoas com rosácea. “Para começar, orientamos utilizar uma ou duas vezes na semana, para que o rosto vá se acostumando com o ativo”, explica. Ainda assim, de acordo com o médico, é comum que, nos primeiros dias de uso, a pele apresente um pouco de vermelhidão e descamação, que devem cessar com o uso contínuo. No mercado, existem cosméticos com diferentes quantidades de retinol da fórmula, o que também deve ser observado. “Os antissinais mais poderosos, por exemplo, geralmente vêm com 0,3% de concentração”, conta Ingrid. Por isso, a consulta com o dermatologista é tão importante para encontrar o produto ideal para cada caso. Vale lembrar também que após o início do tratamento, o uso do protetor solar se torna ainda mais imprescindível. “Ele deve ter FPS 30, no mínimo, e ser reaplicado de três a quatro vezes por dia”, recomenda Alessandro.

Existem contraindicações

Além de questões de pele específicas, como hipersensibilidade, que devem ser avaliadas pelo dermatologista, o uso do retinol é contraindicado para gestantes. Ele possui efeito teratogênico, podendo causar malformação fetal”, alerta Marcela. “Muitas pacientes estão usando e não sabem que estão grávidas, mas isso geralmente não costuma ser um problema, já que a quantidade utilizada para que haja de fato um risco é maior do que a receitada por médicos. Ainda assim, a orientação é suspender o uso assim que a gestação for descoberta”, complementa Alessandro.

Outra alternativa

Se você está no grupo acima ou não se adaptou ao retinol, uma boa opção é testar ativos naturais criados para simular sua ação, conhecidos como retinol-like. “O bakuchiol, por exemplo, é um novo extrato vegetal que apresenta funções similares, porém com menor chance de surgimento dos efeitos adversos, como descamação e ardência. Ele vem sendo um ativo muito querido pelos amantes do clean beauty”, recomenda Ingrid.

Combinações poderosas

Alessandro Alcorão dá dicas de como ter ainda mais benefícios com a substância ou aliviar os efeitos indesejados do seu uso:

– Vitamina C pela manhã, para dar mais luminosidade à pele.
– Adicionar hidratantes à rotina, para aliviar o ressecamento
– Ácido Hialurônico para ajudar na redução de linhas finas e rugas.
– Outros ativos, como a niacinamida, para potencializar a redução das manchas e a uniformização do tom da pele.

FONTE:
https://elle.com.br/beleza/retinol-guia-skincare-como-usar

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *

Você pode usar estas tags e atributos de HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <strike> <strong>