Aquaporinas, uma revolução no conceito de hidratação da pele.

Os produtos de beleza não conseguem penetrar as camadas mais profundas da pele e mantêm a hidratação apenas na sua superfície.

Os produtos de beleza não conseguem penetrar as camadas mais profundas da pele e mantêm a hidratação apenas na sua superfície.

Imagine a possibilidade de conservar durante décadas a mesma pele que se tinha aos 20/30 anos de idade?! Falta muito pouco para isso acontecer. Graças à descoberta do cientista norte-americano Peter Agre, que em 2003 descobriu o intrincado funcionamento das Aquaporinas, principal sistema de irrigação dos tecidos do corpo humano. Uma descoberta tão fantástica que acabou lhe rendendo o Premio Nobel de Química naquele ano.

O que isto tem a ver com rejuvenescimento? ABSOLUTAMENTE TUDO!

Os mais modernos produtos de beleza, como loções e cremes para o corpo, não conseguem penetrar nas camadas mais profundas da pele e mantêm a hidratação da epiderme apenas nas horas seguintes a sua aplicação. O que Agre fez foi desatar o nó que impedia os avanços da ciência nesta área e abrir espaço para a indústria cosmética interferir nas células menos irrigadas e envelhecidas atuando na função celular. Os canais formados por proteínas que atravessam a membrana celular e permitem a entrada e saída de água, as aquaporinas, com o tempo deixam de funcionar por questões naturais do envelhecimento e barram a irrigação destas células, em sua grande parte, formadas por água (70% no caso da pele). Em breve, cosméticos mais modernos prometem prolongar o funcionamento perfeito desse tipo de aquaporina e, assim, adiar o envelhecimento da pele através do uso de produtos customizados para cada tipo de pele a partir dos 30 anos, idade em que a pele começa a perder o viço.

Outros métodos prometem combater envelhecimento

Mas não são somente as aquaporinas que estão sendo testadas em prol do rejuvenescimento. Existe uma série de estudos com técnicas antioxidantes e com a chamada penetração transepidérmica.

As técnicas antioxidantes visam combater o excesso de açúcar acumulado na membrana celular, evitando que ela sofra alteração e cause secura na pele. Já a penetração transepidérmica é uma tecnologia tão nova quanto às relacionadas às aquaporinas que visa retardar a perda de capacidade de produção celular, intensificada a partir dos 40 anos. O método consiste em introduzir nas células da pele, por meio de nanotecnologia, substâncias que estimulam a produção de novas células.

Com a nanotecnologia é possível que as substâncias penetrem melhor na pele e, consequentemente, alcancem as células com maior facilidade, principalmente as responsáveis pela queratina e colágeno, componentes que garantem a elasticidade e firmeza da pele. A maior novidade nessa área são os filtros solares com a tecnologia da nanomolécula de avobenzona*. O fator de proteção destes filtros pode chegar a 100%.

Todos estes estudos são muito recentes e por isso ainda não há nenhum dado concreto sobre um cosmético que prolongue a juventude. Por enquanto, o mais sensato é procurar um dermatologista de confiança, reconhecido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, e se submeter a uma avaliação criteriosa com o objetivo de escolher um procedimento disponível adequado ao seu tipo de pele e necessidade real.

Fontes:
– Avobenzona* (Fagron) – http://goo.gl/K1hTgg
– Wikipedia – http://goo.gl/7rxkX7
– Dermatologia.net – http://goo.gl/uUAg6i
– Portal da Sociedade Brasileira de Dermatologia – http://goo.gl/IPSLg4

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