Melhorar o contorno corporal, ganhar qualidade de vida, recuperar a autoestima… não há dúvidas que perder peso traz muitos benefícios à saúde que vão além do apelo estético, mas a beleza é sem dúvida a justificativa mais comum para suportar as inúmeras e sacrificantes limitações impostas pelas dietas, que em alguns casos podem mais prejudicar que beneficiar os envolvidos. A Associação Britânica de Nutrição alerta para os danos que podem ser causados pelos regimes da moda sem comprovação científica ou indicação médica.
Algumas dietas se comportam como tendências de moda – ficam em alta por um tempo limitado. E cada uma dessas dietas costuma ser propagandeada por pelo menos um par de celebridades, que juram que a seguem.
A Associação Britânica de Nutrição (BDA, na sigla em inglês), formada por especialistas em alimentação e nutrição, fez uma análise das mais conhecidas. Confira abaixo qual a avaliação dada a cada uma delas.
1) A dieta ‘clean’
A palavra em inglês “clean” quer dizer “limpo”. Logo, essa seria uma dieta “limpa”. Uma lista de celebridades diz segui-la, entre elas a atriz Jessica Alba e a modelo Miranda Kerr. A ideia fundamental é consumir alimentos “puros” e evitar todo tipo de alimento processado. Com isso, seus seguidores devem eliminar o açúcar refinado, cozinhar tudo a partir do zero, não consumir comida industrializada e ingerir produtos em seu estado natural. Algumas versões da dieta ainda excluem glúten, grãos e alimentos derivados do leite.
Mas a BDA afirma que a ideia de que alguns alimentos são “clean” (puros ou limpos) ou “sujos” é preocupante e pode gerar ortorexia nervosa, obsessão em descartar tudo o que não é considerado saudável. Com isso, são eliminados alimentos que são nutritivos e benéficos, como os que têm grãos integrais, frutas e derivados do leite. A associação também lembra que a dieta pode acabar descartando itens sem ter provas científicas de que não são saudáveis.
Não há necessidade de evitar alimentos a não ser que a pessoa tenha alergia ou intolerância a algum tipo de comida, algo que precisa ser diagnosticado por um médico.
Além disso, muitos dos alimentos sugeridos pela dieta “clean” para substituir os que não considera saudáveis – entre eles o óleo de coco e alguns xaropes para adoçar alimentos – têm muitas calorias, não são mais nutritivos e, para piorar, são mais caros.
2) Os comprimidos
Alguns comprimidos para emagrecer prometem fazer com que o corpo não absorva as gorduras. Outros, por sua vez, prometem derreter as gorduras e até reduzir o apetite. Muitos afirmam que este é o método usado, por exemplo, pela socialite Kim Kardashian.
A BDA afirma que ninguém deveria tomar comprimidos para emagrecer sem consultar um médico, farmacêutico e nutricionista. Esses produtos podem causar efeitos colaterais como diarreia e, se forem comprados de sites não controlados, não há como descobrir sua composição.
Pesquisadores descobriram que alguns deles contêm até mesmo pesticidas, não adequados para o consumo humano – as consequências podem ser fatais.
3) O ‘teatox’
Essa dieta, cujo nome combina as palavras “tea” (chá, em inglês) com “detox” (desintoxicar), promete melhorar a pele, reduzir o inchaço e fazer a pessoa perder peso. Sua estrela: infusões de ervas. A modelo Kylie Jenner e a cantora Nicki Minaj são algumas das famosas que afirmam ter incorporado o “teatox” em sua dieta.
Segundo a BDA, esses chás têm quantidades adicionais de cafeína, ingredientes diuréticos (que ajudam a eliminar líquidos) ou laxantes à base de plantas do gênero senna, que não devem ser consumidos por mais de uma semana sem supervisão médica.
Quando uma pessoa nota a diminuição de centímetros com dessa dieta, é por causa da perda de líquido, alerta a BDA. Substituir alimentos ou bebidas de alto conteúdo calórico por esses chás pode até fazer a pessoa perder peso, mas também envolve o risco de diarreia, desidratação e problemas no intestino.
4) A dieta 6:1
A dieta 6:1 é simples: a pessoa come o de sempre, sem mudanças, durante seis dias – e não come no sétimo. Acredita-se que um de seus seguidores é Chris Martin, vocalista da banda britânica Coldplay. Mas a BDA alerta que a pessoa que faz jejum sem nenhum tipo de supervisão só consegue perder a concentração, além de sentir cansaço e desânimo. Além disso, ficar sem comer pode ser perigoso dependendo da idade, estado de saúde e estilo de vida. Mesmo que você acredite que pode jejuar sem problemas, consulte um médico para garantir que se trata de uma opção saudável.
5) Sucos verdes
Se é verde, é saudável, certo? Isso é o que se diz sobre esses sucos, feitos com uma grande variedade de frutas, verduras e pós. As atrizes Gwyneth Paltrow e Blake Lively e a modelo Rosie Huntington-Whiteley, por exemplo, dizem ser fanáticas por eles.
Entre os benefícios atribuídos a essa dieta estão a desintoxicação, o rejuvenescimento e perda de peso. Para a BDA, porém, esses sucos são desnecessários. Com certeza não vão fazer que uma dieta pouco saudável se transforme em uma saudável, afirma. Além disso, garante, o corpo é “perfeitamente capaz” de se desintoxicar sozinho.
Para piorar, muitas vezes as pessoas ficam tentadas a adicionar ao suco produtos como nozes, óleo de coco. Resultado: um só copo da bebida pode somar 400 calorias. Com isso, é provável que você acabe engordando caso tome o suco verde com seu café da manhã normal, por exemplo.
Então, o que fazer?
O guia Eatwell, que é corroborado pela BDA e pelo serviço de saúde britânico, tem uma série de recomendações, entre elas consumir cinco porções de frutas e verduras por dia.
E, na hora de escolhê-las, adotar uma gama diversa de cores para garantir a ingestão de vitaminas, minerais e fibras. Incluir na alimentação alguma comida rica em amido, como pães, cereais, batatas, arroz, aveia e massas, de preferência, integrais, também é altamente sugerido. O guia recomenda ainda o consumo de carnes magras e, pelo menos duas vezes por semana, peixes.
O Eatwell também defende o consumo de três porções diárias de derivados do leite (como um iogurte pequeno ou pedaço de queijo do tamanho de uma caixa de fósforos) para fornecer o nível adequado de cálcio. E, sempre que possível, que esses laticínios tenham um teor de gordura reduzido.
Para quem quer ter uma vida mais saudável, o material também elenca a redução do consumo de alimentos e bebidas que tenham alto teor de açúcar ou gorduras.
Segundo o guia, o ideal é fazer pequenas mudanças na alimentação, mas que sejam sustentáveis com o passar do tempo, além de manter uma dieta variada e em porções adequadas.
Fonte:
https://goo.gl/q56oyW
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