Estudo afirma que houve um aumento de 80% de casos após a pandemia
RIO — Já faz algum tempo que a moradora de Botafogo Kelly Morgana vem notando mudanças na pele por causa das máscaras de proteção. Entre elas, a vermelhidão e a coceira, que logo se transformaram em acne na região das bochechas.
Quando não saio de casa e fico sem máscara, minha pele acalma — diz.
De acordo com o dermatologista Daniel Coimbra, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), um estudo realizado após a pandemia destacou um aumento de 80% no número de casos de acne devido ao uso de máscaras. Segundo ele, a principal explicação está no aumento da oleosidade causada pelo abafamento da pele. Além disso, o tecido utilizado na proteção pode ser um agravante.
Prefira usar máscara de algodão branca, já que a cor pode ter mais substâncias químicas que causam irritação. Outra opção é usar um filtro de café entre os dois folhetos da máscara. Ele ajuda a diminuir a umidade na pele — explica.
Coimbra também dá algumas dicas para o tratamento das lesões.
Mantenha a pele limpa, lave com sabonete específico, use água termal e hidrate. Para peles oleosas, prefira produtos em sérum ou gel. Para quem não desenvolveu irritação, basta higienizar e hidratar — orienta ele, que também sugere tratamentos caseiros. — Passar chá de camomila gelado é outra boa opção, porque ele atua como calmante.
Fonte: O Globo