O ácido hialurônico, substância-estrela na dermatologia, vem sendo usado não só para rejuvenescer a face, mas também para ajudar a definir o corpo masculino
“… Achei que o resultado ficou muito bonito. E não doeu.” | MARIO CORDEIRO, EMPRESÁRIO | Foto: Uendel Galtier
“É lógico que também precisa treinar na academia, mas peitoral é muito difícil de definir”, afirma o empresário Mario Cordeiro, de 51 anos, de Salvador. Antes da pandemia, ele resolveu experimentar um procedimento estético para dar um up na região. Nada de próteses de silicone, também disponíveis para os homens, mas uma opção menos invasiva e mais sutil: a aplicação de ácido hialurônico. “Achei que o resultado ficou muito bonito. E, o melhor, não doeu”, elogia ele, que pôde voltar às suas atividades regulares no dia seguinte à intervenção e desde então realizou alguns retoques para os efeitos seguirem harmônicos. “A sensação é de que ganhei dez anos de academia.”
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“Fisiologicamente, é normal perder volume com o envelhecimento, não só em razão da diminuição do colágeno como também da massa óssea e muscular. Os preenchedores conseguem restabelecer isso”, afirma o médico, professor e palestrante Hamilton Couto, de Salvador. No caso do peitoral, aplica-se a substância com uma agulha fina ou microcânulas. Ela pode ser depositada na derme ou até sobre superfícies ósseas. Antes, utiliza-se um anestésico tópico. O procedimento custa, em média, R$ 5 mil, e é realizado em uma única sessão. Os efeitos costumam durar pelo menos um ano e meio, mas os retoques necessários variam muito de pessoa para pessoa. “Pode-se reavaliar o quadro em um mês, após passar o inchaço, para ver se é o caso de complementar o volume. Aplicamos o preenchedor bem concentrado, onde sabemos que vai levantar mais”, diz Igor Manhães, dermatologista focado em técnicas injetáveis.
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Daniel Coimbra, especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da clínica Les Peaux, no Rio de Janeiro, criou uma nova técnica com o ácido hialurônico, apresentada em congresso no fim do ano passado, para renovar a juventude do peitoral. “Ajuda na estética e na autoestima”, diz. Segundo o profissional, há dois métodos. No primeiro, é realizado um tipo de lifting, com Sculptra, estimulador de colágeno, seguido da combinação de ácido hialurônico e Radiesse (também gel injetável com efeito preenchedor), para ganhar definição. “Naqueles homens que apresentam flacidez, essa associação traz resultados ainda mais evidentes”, explica. Para quem busca mais a definição da parte central do peitoral (com o meio “afundado” e marcado), mesmo os jovens, indica-se apenas essa segunda fase.
Fonte: Revista GQ | Edição 133
Texto Karina Hollo / Foto Uendel Galtier