Em tempos de sol muito forte e a proliferação do Aedes aegypti, os pais têm dúvidas sobre o uso dos produtos ao mesmo tempo.
Em um momento que muito se discute as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, o repelente se tornou produto de primeira necessidade e motivo de briga pelos estoques disponíveis. Porém, bem no meio da estação mais quente do ano, com as condições propícias inclusive para a proliferação do vetor dessas doenças, outro item que também faz parte da vida da maioria das pessoas é o protetor solar. Com a necessidade de se proteger do sol e dos mosquitos, pais e responsáveis encontram-se no meio de um dilema e uma incerteza: existe algum problema o uso simultâneo desses produtos? É necessário dar preferência a apenas um de acordo com a ameaça mais iminente?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, os pequenos podem e devem estar protegidos contra os danos do sol e os insetos simultaneamente. Filtro solar e repelente podem ser usados um sobre o outro, sem importar qual é aplicado primeiro. Segundo a dermatologista Marcella Alves, da clínica Les Peaux, a única sugestão é que os pais respeitem o tempo de absorção de cada uma das substâncias. “Se primeiro for aplicado o repelente, aguarde aproximadamente 15 minutos até que a pele absorva o produto para enfim aplicar o protetor solar e vice-versa”.
Segundo o Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, crianças e jovens fazem parte do grupo que está mais suscetível a contrair doenças vetoriais como a dengue, por isso a grande necessidade do uso de repelentes. A regra é simples, quanto menos pessoas contaminadas, menos vetorização.
5 regrinhas para otimizar a proteção contra os mosquitos sem por em risco a saúde das crianças:
1- A falta de informação e o pânico generalizado fazem com que pais e responsáveis cometam erros primários que não potencializam em nada a proteção contra os insetos e acabam representando riscos a saúde das crianças e das finanças. Fique atento.
2- Usar repelente e protetor apenas nas áreas expostas. Sob a roupa é desperdício. O tecido já é uma barreira de proteção desde que sejam claras e soltas (roupas escuras atraem o mosquito);
3- Não aplique mais de três vezes ao dia. O excesso de repelente pode causar intoxicação. Se for usar filtro solar antes, espere o primeiro secar e aplique o repelente 15 minutos depois. Não existe regra, mas use o bom senso, a substância que estiver mais próxima da superfície da pele será a que mais oferecerá proteção. Portanto, use primeiro o filtro e depois o repelente;
4- Não aplique repelente próximo das mucosas (olhos, nariz, boca) e nas mãos das crianças. Ser um produto liberado pela ANVISA não significa ser livre de toxicidade;
5- Não é aconselhável dormir com repelente. Durante o sono a pele absorve mais facilmente as substâncias em contato com ela. Prefira repelentes elétricos ligados próximos a entradas de ar, como portas e janelas.
Proteção de acordo com a idade:
– Crianças até 6 meses de idade não podem usar repelentes;
– Repelentes para crianças entre 6 meses e 2 anos de idade – que contenham na sua fórmula a substância IR3535 – duração de até 4 horas – aplicar apenas uma vez ao dia.
– Repelentes para crianças entre 2 e 7 anos de idade – que contenham na sua fórmula a substâncias IR3535 – duração de até 4 horas, aplicar até duas vezes ao dia. Icaridina 20-25% – duração de 10 horas, aplicar até duas vezes ao dia. DEET infantil 6-9% – duração de 4-6 horas, aplicar até duas vezes ao dia.
– Repelentes para crianças a partir de 7 anos de idade: Que contenham na sua fórmula uma das seguintes substâncias: Icaridina 20- 25% – duração de 10 horas, aplicar até três vezes ao dia. DEET infantil 6-9% – duração de 4-6 horas, aplicar até três vezes ao dia. IR3535 – duração de até 4 horas, aplicar até três vezes ao dia.
Fontes:
– NET DIÁRIO – http://goo.gl/6gECqr
– Sociedade Brasileira de Dermatologia – SBD – http://goo.gl/iUvRqr