Não é comum encontrarmos pessoas, principalmente na praia, com tatuagens que certamente foram dadas como os maiores erros das suas vidas. Marcas borradas, grafias erradas e linhas desbotadas que só depois de muito tempo, e resiliência, é possível conviver com certo distanciamento, mesmo porque, até bem pouco tempo era impossível removê-las.
De uns anos para cá, a busca por tecnologias que removessem, por exemplo, a marca impetuosa da homenagem do grande amor que virou desafeto, cresceu à medida que a moda das tatoos aumentou. Cada vez mais gente adere ao estilo tatuado e cada vez é maior a área do corpo coberta pelos traços.
O tratamento com luz pulsada intensa, diferente do laser – com ondas de comprimento específico – vem sendo amplamente utilizado na tentativa de apagar a “história mal contata” do corpo, porque utiliza feixes de luz com múltiplas ondas em várias profundidades que “quebram” os fragmentos de cor para que o organismo consiga absorvê-lo e elimina-lo, mas o número de sessões e o investimento no tratamento dificultam o acesso para a maioria das pessoas, além de não garantirem a total remoção das marcas.
E tem mais, mesmo que a coloração seja removida com a LIP, ainda assim as cicatrizes causadas pelo aparelho tatuador permanecem indeléveis e elevadas na pele.
Solução em picosegundos
A grande novidade na remoção mais efetiva das tatuagens é uma nova tecnologia que emite os mesmo feixes de luz da LIP, só que trilhões de vezes mais rápido: o laser de picosegundos. Um picosegundo equivale à trilhonésima parte do segundo. A ação desse aparelho tem como objetivo fragmentar através da emissão do feixe as partículas de cor em milhares de partículas microscópicas causando o menor dano possível à pele. Essa técnica permite que o organismo absorva mais rápido os fragmentos e diminua o número de sessões para um melhor resultado.
O tempo de recuperação da pele para a próxima sessão pode variar de acordo com o paciente, mas alguns dermatologistas que já usam a técnica de laser de picosegundos garantem que entre 14 e 30 dias são suficientes para a total recuperação da derme e a realização de novo procedimento.
Vale lembrar que, em alguns casos, de acordo com o tipo de pele, tonalidade, idade do paciente, qualidade dos pigmentos e profundidade da aplicação, algumas tatuagens jamais serão totalmente removidas, mas apenas atenuadas. Os resultados com todas as tecnologias utilizadas até hoje, desde as mais obsoletas até as mais modernas, dependerão de muitas variáveis, portanto, de acordo com o bom senso, o ideal é pensar bem antes sobre a proposta da tatuagem e o local onde será realizada para não ter que passar pelo aborrecimento e investimento na tentativa de removê-la no futuro, e até se frustrar com os baixos resultados.
Consulte um dermatologista reconhecido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e busque mais informações.
Fontes: