6 ácidos que podem – e devem! – ser usados no verão

Com a chegada da estação mais quente, os dermatologistas desaceleram as prescrições dos ácidos renovadores mais conhecidos (retinoico, glicólico e mandélico)

Contrariando a prática de tratamentos com ácidos só no inverno, alguns tipos específicos, com atenção à indicação e concentração, também podem ser usados para a manutenção da pele durante o verão (shutterstock).

Contrariando a prática de tratamentos com ácidos só no inverno, alguns tipos específicos, com atenção à indicação e concentração, também podem ser usados para a manutenção da pele durante o verão (shutterstock).

A carta na manga dos dermatologistas no inverno é a prescrição de ácidos — considerados os ingredientes mais efetivos nos dermocosméticos. Eles atuam como coringa, tratando de acne a rugas, de manchas a flacidez. Mas com a chegada do verão, é hora de dizer adeus ou diminuir consideravelmente o uso dos top rejuvenescedores — ácidos retinoico, glicólico, salicílico e mandélico — e investir em ácidos eficazes (mas menos irritantes). Nesta lista, temos ingredientes importantes que podem e devem ser usados no verão para manter os resultados antimanchas, antirrugas e antiacne, principalmente, são eles os ácidos ferúlico, kójico, azelaico, maslínico, ascórbico e, claro, o ácido hialurônico.

Mas atenção, a indicação e a dosagem devem ser feitas por um dermatologista, assim como a orientação do modo de uso. Independente se o ingrediente é fotossensibilizante, a proteção solar é regra básica e deve ser seguida diariamente com FPS 30 (no mínimo) e reaplicado de duas em duas horas. Além disso, muitas fórmulas com ácidos podem ter seus efeitos potencializados com outros ativos, como peptídeos, restauradores da barreira, antioxidantes, entre outros.

Como funcionam os “ácidos do verão”

Ácido Ferúlico
Encontrado nas folhas e sementes de muitas plantas, especialmente farelo de milho e arroz, esse ácido fornece hidrogênio para a neutralização dos radicais livres, compostos relacionados com o envelhecimento das células, portanto é um potente antioxidante. Aliado à Vitamina C, ou ácido ascórbico, trata o envelhecimento e principalmente as manchas.

Por ajudar a prevenir o dano de nossas células causadas pela radiação UV, o ácido ferúlico é uma substância aprovada como filtro solar no Japão, podendo desta forma ser utilizado em protetores solares ou produtos de combate aos efeitos nocivos dos raios UV. Dados científicos mostraram que a aplicação tópica do ácido ferúlico inibe a formação do eritema (vermelhidão) provocado pela exposição da pele aos raios UV, além de exercer atividade antioxidante. Alguns dermatologistas apostam na associação deste ácido à Vitamina E + Vitamina C — que diminui o eritema induzido à luz ultravioleta.

Ácido Kójico
Considerado um clareador importante por ter uso permitido durante o verão e também na gestação, o ácido Kójico inibe a ação da tirosinase (enzima responsável pela produção de pigmento) promovendo a diminuição da formação de melanina e melasma, comum em mulheres grávidas, além de contribuir para o clareamento da pele. É um ácido que não causa irritação nas concentrações de margem de segurança. A aplicação contínua deverá ser feita por até 6 meses.

Como o ácido kójico é menos irritante, mais suave e não causa fotossensibilização no paciente, possibilita seu uso até mesmo durante o dia.

Ácido Azelaico
É um ácido com função clareadora e seborreguladora, no tratamento da acne e também da rosácea. Encontrado no trigo, o ácido pode ser usado também por gestantes no controle do melasma porque exerce a mesma função do ácido Kójico de inibir a tirosinase e clarear a pele.

O efeito seborregulador ajuda a diminuir os cravos, limpa os poros, tem ação antibacteriana e  antimicrobiana. Possui efeito anti-inflamatório, secativo e clareador das manchas e sequelas de acne.

Ácido Maslínico
Substância derivada da moagem de azeitonas, é um poderoso antioxidante e também tem ação anti-inflamatória considerável. As fórmulas em que o ativo está nanoencapsulado garantem alta penetração na pele. O ácido reduz a vermelhidão de peles irritadas, principalmente após exposição solar e outros agressores ambientais. A substância age diretamente sobre a hidratação e aparência da pele, deixando-a mais macia e radiante porque estimula a renovação celular.

Ácido Ascórbico
A famosa Vitamina C, o Ácido L-Ascórbico é um poderoso antioxidante, cuja aplicação tópica permite alcançar níveis que não seriam possíveis com a ingestão de frutas ou de suplementação oral de vitamina C. Além disso, é responsável por frear a ação dos radicais livres, estimular a formação de novo colágeno e ajuda a proteger a pele dos efeitos do sol, na medida em que uniformiza o tom e melhora sua textura. Também é importante para diminuir as rugas e apresenta atividade imunoprotetora e clareadora.

Dermatologistas indicam as fórmulas que visam manter a estabilidade da vitamina C, já que o composto é quimicamente instável, perde rapidamente suas propriedades em contato com a luz, o oxigênio e o calor. Desta forma, ao entrar em contato com a pele, o ativo promove todos os benefícios da Vitamina C pura, sendo 10 vezes melhor absorvido.

Ácido Hialurônico
Esse ácido é uma glicosaminoglicana e faz parte da matriz extracelular, onde ficam as fibras do colágeno e elastina. Com o avanço da idade, o ácido hialurônico diminui, reduzindo também a hidratação e elasticidade da pele. Então, quando existe falta de ácido hialurônico, há desidratação da pele, tendência à flacidez, rugas, sulcos e perda de luminosidade. O ativo ácido hialurônico tem vários pesos moleculares e deve ser usado em diferentes composições para atuar em várias áreas da pele, principalmente como um poderoso hidratante em fórmulas anti-idade. O ativo também possui ação preenchedora, pois potencializa as células da pele a produzir ácido hialurônico e, dessa forma, preencher as rugas naturalmente, sendo também um excelente hidratante. Pode estar presente em muitas fórmulas com ácidos para contrabalancear os processos irritativos e de desidratação da pele.

Visite um dermatologista, reconhecido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, e tire todas as suas dúvidas antes de começar um tratamento com ácido neste verão. Só eles poderão avaliar a indicação e concentração de um dos ácidos descritos neste artigo caso a caso.

Fonte:
https://goo.gl/CkbrZc

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