O câncer da pele “não-melanoma” é o mais comum no Brasil, com aproximadamente 130.000 novos casos previstos para 2014, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA). A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Estas células se dispõem formando camadas e, de acordo com a camada afetada, definimos os diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele.
MELANOMA
Tipo menos frequente dentre todos os cânceres da pele, o melanoma tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. Embora o diagnóstico de melanoma normalmente traga medo e apreensão aos pacientes, as chances de cura são de mais de 90%, quando há detecção precoce da doença. Em estágios iniciais, o melanoma se desenvolve apenas na camada mais superficial da pele, o que facilita a remoção cirúrgica e a cura do tumor.
O melanoma, em geral, tem a aparência de uma pinta ou de um sinal na pele, em tons acastanhados ou enegrecidos. Porém, quando se trata de melanoma, a pinta ou o sinal, pode mudar de cor, formato, tamanho e apresentar sangramento. Por isso, é importante observar a própria pele constantemente. Conhecer bem o próprio corpo e saber em quais regiões existem pintas faz toda a diferença na hora de detectar qualquer irregularidade. Toda lesão suspeita deve ser um motivo para visitar um dermatologista.
Pessoas de pele clara, com fototipos I e II (sardas, cabelos claros ou ruivos e olhos claros) têm mais risco de desenvolverem a doença, que também pode manifestar-se em indivíduos negros ou de fototipos mais altos, ainda que raramente. O melanoma tem origem nos melanócitos, as células que produzem melanina, o pigmento que dá cor à pele. Normalmente, surge nas áreas do corpo mais expostas à radiação solar.
A hereditariedade desempenha um papel central no desenvolvimento do melanoma. Por isso, familiares de pacientes diagnosticados com a doença devem se submeter a exames preventivos regularmente. O risco aumenta quando há casos registrados em familiares de primeiro grau.
SINAIS E SINTOMAS
· Uma lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente é indício de câncer de pele.
· Uma pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho também deve ser observada com critério por um dermatologista especialista.
· Uma mancha ou ferida que não cicatriza e continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento não deve ser descartada. Inicialmente banalizamos esses sintomas e atribuímos a algum processo alérgico, mas a persistência e o agravamento do quadro devem ser observados com cautela.
PREVENIR É O MELHOR REMÉDIO
A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda que as seguintes medidas para a prevenção sejam adotadas:
· Usar chapéus, camisetas e protetores solares.
· Evitar a exposição solar entre 10 e 16h.
· Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material.
· Usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou diversão. Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo. Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre. Ao utilizar o produto no dia-a-dia, aplicar uma boa quantidade pela manhã e reaplicar antes de sair para o almoço.
· Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas.
· Consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo.
· Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses.
Fontes:
– Portal SBD – http://goo.gl/0bRFu8
– INCA – Inst. Nac. do Câncer – http://goo.gl/zsPDhS