Hoje em dia ninguém vive sem ele, mas é importante saber que o metal presente nos telefones celulares podem causar coceira e vermelhidão nas bochechas, orelhas e dedos.
Pesquisa realizada pela Associação Britânica de Dermatologistas acaba de divulgar que o uso do aparelho de celular em excesso pode levar a irritações e vermelhidão na pele nas regiões que entram em contato com o celular, como: orelha, bochecha e nos dedos. A reação alérgica já tem nome e origem.
De acordo com especialistas, a “dermatite do celular”, como está sendo chamada, é provocada pela presença do níquel, metal relativamente comum na natureza, cuja composição pode desencadear reações alérgicas em pessoas propensas após o contato prolongado. A dermatite resulta do contato frequente da pele com objetos que possuem níquel, uma substância com alto potencial alergênico. A recomendação é verificar se o aparelho contém o elemento na composição. Em caso afirmativo, o ideal é trocá-lo (uma indicação disso é o aquecimento do telefone quando utilizado durante muito tempo). Para evitar a dermatite, é recomendado usar uma capa de tecido, couro ou silicone para guardar o celular e assim proteger a pele. Mas, as de acrílico são contraindicadas, pois podem causar alergia em contato com o suor.
O minério pode ser encontrado em ligas metálicas de aparelhos, capas de proteção e botões dos celulares, sobretudo nos modelos mais modernos, dizem os estudiosos. Além do níquel, outras substâncias como a borracha e a pintura do celular também podem provocar a irritação.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia do RJ, o celular não é o único vilão, outras peças como bijuterias, cintos, pulseiras e botões de calça jeans também possuem o mesmo potencial por conter níquel. Lembrando que mulheres, que usam brincos e acessórios diariamente, são as mais atingidas pela dermatite de contato por níquel.
No Brasil, não há legislação que verse sobre a presença de metais em produtos industrializados. Independente dos riscos ou não, os médicos recomendam bom senso no uso do celular.
O tratamento é de fácil acesso e o problema facilmente revertido. Basta procurar um dermatologista, reconhecido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, para um diagnóstico preciso e iniciar o tratamento. Caso o problema persista é aconselhável trocar o aparelho.
Fonte:
– Jornal do Brasil – 11/11/2015.