A hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, um parasita que ataca a pele e nervos periféricos e que também pode afetar órgãos como o fígado, os testículos e os olhos. Essa doença é uma das mais antigas da história da medicina e apesar de ser uma doença de pele, pode ser transmitida pelas vias respiratórias do paciente, caso o portador não esteja em tratamento.
O período que a bactéria fica escondida no organismo pode variar entre dois a sete anos e um dos primeiros sintomas é o aparecimento de manchas dormentes tanto avermelhadas quanto esbranquiçadas, em qualquer região do corpo. Caroços, inchaços, fraqueza muscular e dores nas articulações também são sinais da manifestação da doença.
Conforme a hanseníase avança, o número de manchas ou o tamanho das já existentes no corpo aumentam, além disso os nervos ficam comprometidos causando à falta de sensibilidade nas regiões afetadas. Quanto mais rápido for o diagnóstico da doença, mais fácil será o tratamento do paciente. Segundo a Organização Mundial de Saúde, aproximadamente 95% dos parasitas são eliminados na primeira dose do tratamento, já sendo incapaz de transmiti-los a outras pessoas.
Por isso, todos os anos, nesta data, são promovidas ações educativas que servem para reforçar o compromisso de controlar a hanseníase, promovendo o diagnóstico e o tratamento corretos, além de transmitir informações e desfazer preconceitos que tanto prejudicam o diagnóstico preventivo da doença.
A hanseníase tem cura se o tratamento for feito da forma adequada e precocemente. As deformidades físicas só ocorrerão nos casos em que a doença for diagnosticada tardiamente ou o tratamento negligenciado. O dermatologista tem um importante papel nesse processo, porque através de exame clínico ele é capaz de identificar manchas ou outras lesões na pele do paciente e caso seja necessário poderá solicitar outros exames para confirmar o diagnóstico.
A Clínica de Dermatologia Les Peaux abraça esta campanha e torce para que no próximo ano os números melhorem e o Brasil deixe de ocupar o segundo lugar em casos desta doença.