A polêmica do preenchimento virtual

Daniel Coimbra, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, alerta para distúrbios causados pelo excesso de uso de filtros em redes sociais.

Imagem / Divulgação

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Por Bruno Chateaubriand – Atualizado em 12 ago 2020, 19h34 – Publicado em 12 ago 2020, 16h15

Chamadas por vídeo, reuniões via Zoom, festas digitais, além de todos os espelhos em casa refletindo nossa imagem durante todos esses meses de restrição social, tem tirado o sono de muita gente. Os olhares para a nossa aparência ficam cada vez mais afiados e críticos, gerando muitas vezes insatisfação com a nossa imagem e aumentando a procura por procedimentos estéticos nos consultórios de dermatologia.

Segundo o dermatologista Daniel Coimbra, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, essa preocupação com a aparência é real e cada vez mais frequente. “Estamos o tempo todo vendo os nossos reflexos nas telas dos telefones, computadores e espelhos em casa, o que pode gerar preocupações mais frequentes com a aparência. Notar pequenos “defeitos” é normal, porém o excesso pode levar a distúrbios graves de aceitação da própria imagem”, explica.

Engana-se quem acha que a insatisfação com a aparência, gerada pelo excesso de uso da tecnologia e confinamento, atinge somente os Millennials (nascidos entre 1979 e 1995). Com o isolamento social, todas as gerações fizeram uso exacerbado das redes, aumentando a procura por procedimentos estéticos. “Hoje as redes sociais ocupam um espaço muito grande na vida de todas as pessoas, independente da idade. O que precisamos ressaltar é que os procedimentos estéticos não são receitas de bolo. Não tem como reproduzir um traço de beleza específico nos consultórios.

Cada rosto possui uma anatomia e características diferentes, que irão exigir tratamentos diferentes. É preciso estudar cada caso individualmente e realçar o que cada um tem de mais bonito”, explica Dr Daniel Coimbra.

Desserviço nas redes

Para Daniel Coimbra, há de se combater o desserviço que muitas vezes os influenciadores e as redes sociais fazem. Eles acontecem quando profissionais irresponsáveis prometem reproduzir nos consultórios os efeitos dos filtros do Instagram. “Muitas vezes vemos uma foto no Instagram e achamos o resultado incrível, mas no dia a dia, pessoalmente, a pessoa está com a movimentação das expressões comprometidas, com o rosto inchado, completamente diferente da foto.  É preciso ter o diagnóstico certo do rosto do paciente para alcançar resultados harmônicos e naturais. O procedimento feito corretamente é aquele que não conseguimos identificar exatamente o que foi feito, apenas ter uma percepção que a pessoa está mais bonita e com o rosto mais leve”, finaliza Dr. Daniel.

Fonte: Veja Rio

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