O dia 08 de abril é marcado como o Dia Mundial de Combate ao Câncer. No Brasil, o câncer de pele é o tipo mais comum, tanto em homens quanto em mulheres.
A doença
Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos. Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores malignos, que podem espalhar-se para outras regiões do corpo. As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo.
As causas externas referem-se ao meio ambiente e aos hábitos ou costumes próprios de uma sociedade. As causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente predeterminadas, e estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas.
Câncer de Pele
A doença é provocada pelo crescimento anormal e sem controle de células que compõem a pele. Embora corresponda a 25% de todos os tumores malignos registrados no País, apenas 4% são do tipo mais grave. Os tipos de câncer de pele mais comuns são os carcinomas basocelulares (CBC) e espinocelulares (CEC), que são menos agressivos e têm alta taxa de cura, especialmente com a detecção precoce do problema. O tipo melanoma, mais grave, felizmente é menos frequente entre a população brasileira. Para noções de comparação, em 2016, a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) para novos casos de câncer de pele do tipo não melanoma é de 175.000 e pouco mais de 5.600 novos casos de câncer do tipo melanoma.
Prevenção e esclarecimentos sobre os filtros solares
A radiação ultravioleta, decorrente da exposição excessiva ao sol, é a principal responsável pelo desenvolvimento dos tumores de pele do tipo não melanoma. O uso diário de filtro solar como medida preventiva do câncer de pele é a maneira mais efetiva de preservar a saúde e por isso deve ser um hábito. A proteção dos filtros solares vai depender se o fototipo da pele está adequado ao fator de proteção, mas a maneira como ele é espalhado pelo corpo e a reaplicação é o que define se a pessoa está ou não protegida.
Os mais eficientes são creme-gel ou loção, pois seus componentes são dissolvidos em substâncias mais oleosas, formando um filme regular e visível sobre a pele permitindo que a pessoa veja em quais áreas o produto foi melhor aplicado. Protetores em gel, se a aplicação não for cautelosa, esfarelam sobre a pele e perdem sua eficiência, assim como os protetores em spray, que são em base aquosa quando deveriam ser mais oleosos para não saírem tão facilmente da pele.
Os filtros devem ser aplicados a cada 2 ou 3 horas, quando estiver em áreas expostas ao sol, se houver muito suor ou longos períodos em imersão na água. A aplicação deve ser realizada cerca de 20 minutos antes da exposição.
Proteção solar e a utilização de repelentes
Mas como proteger a pele do sol e também de outras ameaças, como picadas de mosquitos? Em tempos de alerta contra o mosquito Aedes Aegypti, que pode transmitir o vírus da dengue, zika e chikungunya, muita gente fica em dúvida sobre que produto utilizar primeiro: repelente ou protetor solar.
Apesar de alguns especialistas afirmarem que a ordem não é importante desde que os dois produtos sejam aplicados, as marcas de filtros solares garantem que a proteção será mais efetiva se o protetor for aplicado primeiro. O tempo para a total absorção do produto é de aproximadamente 15 minutos (sobre a pele seca), a partir de então a pele já pode receber o repelente.
Novas descobertas para tratar o melanoma
Embora menos frequente, o câncer de pele do tipo melanoma é o que causa mais preocupação, por ser mais grave. Mais resistente aos tratamentos tradicionais de combate ao câncer, o melanoma e o tipo de câncer com maior risco de metástase, ou seja, aquele que oferece maior possibilidade de comprometer outros órgãos além da pele.
Nos últimos anos, com o avanço da ciência, foram criados medicamentos que contêm e impedem o avanço do melanoma para outros órgãos. Mas a maneira mais eficiente, inteligente e sustentável de tratar o câncer é não ter o câncer, por isso médicos e autoridades indicam o uso do filtro solar em larga escala. Outra linha de atuação para controlar o melanoma é o uso de medicamentos que reforçam o sistema imunológico. Quando há um agente agressor no corpo, seja vírus ou bactéria, nosso sistema imunológico ‘acorda’ para atacá-lo, e depois se desliga naturalmente. Muitas vezes, os tumores ‘desligam’ o sistema imunológico antes que ele consiga combatê-los. O que esses medicamentos fazem é fortalecer o sistema imunológico para evitar isso. Essa é uma linha de atuação que ainda demanda estudos, mas tem se mostrado promissora para tratar vários tipos de câncer.
Números do câncer no mundo
A cada ano, o câncer provoca cerca de 8 milhões de mortes no mundo. Estima-se que um terço dessas mortes poderia ter sido evitado com mais prevenção, detecção precoce e acesso aos tratamentos existentes.
Tratamento
Existem várias modalidades de tratamentos. A principal é a cirurgia, que pode ser empregada em conjunto com radioterapia, quimioterapia ou transplante de medula óssea. O médico vai escolher o tratamento mais adequado de acordo com a localização, o tipo do câncer e a extensão da doença. Todas as modalidades de tratamento são oferecidas pelo SUS.
Lei 12.732
A Lei 12.732 fixa prazo de até 60 dias para o tratamento de câncer maligno pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O prazo vale a partir do diagnóstico da doença.
De acordo com a publicação, o prazo de 60 dias será considerado cumprido quando o tratamento for efetivamente iniciado, seja por meio de cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. Em casos mais graves, o prazo poderá ser inferior ao estabelecido.
Prevenção
A prevenção do câncer nem sempre é possível, mas há fatores de risco que estão na origem de diferentes tipos de tumor. O principal é o tabagismo. O consumo de bebidas alcoólicas e de gorduras de origem animal, dieta pobre em fibras, vida sedentária e obesidade também devem ser evitados para prevenir os tumores malignos.
Instituto Nacional de Câncer (Inca)
Desde 1938, o Inca presta assistência médico-hospitalar gratuita a pacientes diagnosticados com câncer.
Vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS), possui cinco unidades hospitalares na cidade do Rio de Janeiro. Para ser atendido, o médico deve encaminhar o paciente já com diagnóstico confirmado de câncer ou com grande suspeita da doença (exame de radiografia, tomografia ou ressonância magnética).
Fonte:
Portal Novidade – http://goo.gl/W8VTHo
Portal Brasil – http://goo.gl/KF0FUE
INCA – http://goo.gl/lBvDjT