Depois dos raios UV, o novo grande inimigo da pele é a poluição. Explicamos como ela afeta a saúde da pele e damos o caminho das pedras para se defender dos gases e fumaças nocivas.
Se o protetor solar se tornou recentemente um dos itens mais importantes da sua rotina de cuidados com a pele, prepare-se para adicionar outros aliados ao exército de combate ao envelhecimento cutâneo. Os dermatologistas alertam: assim como os raios UV, a poluição pode ter consequências nocivas para a pele e pode ser um dos grandes inimigos de um rosto jovem e saudável.
A poluição, composta por gases derivados de combustão de gasolina, diesel e outras substâncias, fumaças (inclusive a do cigarro), entre outros, é um perigo invisível. Ela é composta de pequenas partículas que conseguem “entrar” na pele e se depositar ali, gerando os nocivos radicais livres que esgotam os antioxidantes naturais, danificam o DNA das células cutâneas e diminuem a proteção contra outros agentes, como os raios UV. “Nossa pele possui mecanismos de defesa contra a formação de radicais livres intrínsecos”, explica o dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Adriano Loyola. “No entanto, a presença e a exposição a essas substâncias externas e outros gases nocivos fazem com que haja um depósito deles na superfície cutânea. Para se defender, nosso organismo consome parte desses recursos, diminuindo nossas defesas contra o sol e o processo de envelhecimento natural genético”, acrescenta.
O resultado de toda a ação? “Manchas senis, piora de doenças como alergias, psoríase e acne, além, claro, do envelhecimento prematuro”, afirma a dermatologista Thais Sakuma, também membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. A ação dos radicais livres influencia na produção de colágeno e ativa moléculas que causam manchas, irritações, aspereza e ressecamento. Apesar de muito prejudicial, a poluição, no entanto, não bate os raios raios solares, que além de influenciar no envelhecimento precoce da pele, podem causar câncer. “A radiação ultravioleta é mais nociva. Ao atingir nossa pele, os raios UV penetram profundamente e desencadeiam reações imediatas como as queimaduras solares, as fotoalergias e o bronzeamento e reações tardias, como o envelhecimento cutâneo e as alterações celulares que predispõem ao câncer da pele”, acrescenta Loyola.
Defenda-se
Como a poluição danifica os antioxidantes naturais da pele – como a vitamina C, vitamina E e glutationa — é necessário repor cada um deles para evitar mais danos dos radicais livres, explica Thais. “É fundamental limpar a pele diariamente com sabonete líquido apropriado para o tipo de pele da pessoa e investir em produtos compostos de vitamina C, E, B3 (niacinamida) e resveratrol’, esclarece a dermatologista. Para a limpeza da pele, Loyola recomenda lançar mão da solução micelar. “A tecnologia de micelas atrai a sujeira presente na pele com mais facilidade, promovendo limpeza profunda e suave das partículas e poluição”, esclarece o especialista. Reforce ainda mais o escudo natural da pele, acrescentando antioxidantes também na dieta. “Dê preferência a alimentos que contêm antioxidantes naturais como uvas, frutas cítricas e vermelhas, folhas verdes escuras e o chá verde”, indica Loyola.
Atenção redobrada a peles com acne, oleosas e negras. Os efeitos da poluição podem ser agravados neste tipo de derme já que existe uma tendência maior de produção de sebo pelas glâdulas sebáceas.
Fonte:
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