Danos causados por “aventureiros” preocupam dermatologistas

Os casos mais comuns de assimetria da face acontecem após procedimentos mal sucedidos com Botox.

Os casos mais comuns de assimetria da face acontecem após procedimentos mal sucedidos com Botox.

O número de pacientes com lesões na pele, causadas por tratamentos estéticos realizados de forma indevida por profissionais não especializados, tem crescido em todo país. Os casos de assimetria facial e equimose, um tipo de hematoma causado pela aplicação mal sucedida com botox, preenchedores e volumizadores são os mais comuns, segundo os dermatologistas.

Os profissionais também relatam o número crescente de pacientes em busca de reparos. Geralmente são danos reversíveis, mas há casos muitos preocupantes em que o paciente precisa ter paciência e dinheiro, já que reverter o dano pode levar muito tempo e consumir investimento substancioso. “Tratar a pele é função do dermatologista. Estudamos para isso”, desabafa Thales Bretas, médico da Clínica Dermatológica Les Peaux, no Rio. Thales afirma que é sempre mais vantajoso buscar profissionais com experiência e capacitação e que a relação custo x benefício pode parecer desleal no início, mas a probabilidade de erro é infinitamente menor. “Reações são normais, erro é imperícia. Um dermatologista especializado está preparado para reverter imediatamente alguma reação indesejada, muitas vezes antes do paciente perceber”, pondera Thales.

Botox

Os casos mais comuns, segundo os dermatologistas, são os procedimentos mal sucedidos com a toxina botulínica, o Botox. Se aplicado de forma indevida causa equimose e assimetria facial. O Conselho Federal de Medicina relata casos de fisioterapeutas e dentistas agindo indevidamente realizando tratamentos dermatológicos em pacientes e vem tomando previdências cabíveis.

Peelings e tratamentos a laser e luz pulsada

O dermatologista Thales Bretas alerta também sobre a possibilidade de danos irreversíveis à pele com tratamentos a laser e luz pulsada, utilizados não só para tratar a pele como também para a depilação.

“Todo procedimento envolve riscos, mas se utilizada a técnica adequada, de acordo com o histórico clínico do paciente, esses riscos podem zerar.  Por exemplo, depilação a laser, muitas vezes são necessárias várias sessões e ainda assim não conseguimos eliminar os pelos completamente. Feito por pessoas não especializadas, por um longo período, em ambientes inadequados e sem as regras individuais para o pós tratamento, os resultados podem ser catastróficos”, orienta o dermatologista.

Outra preocupação dos dermatologistas são os produtos usados para tratar o rejuvenescimento, como o peeling de ácido fenol, popularizado por programas de televisão. A concentração dessa e de outras substâncias deve ser de acordo com o dano que se pretende reparar, mas principalmente deve estar de acordo com o tipo de pele e outras condições clínicas do paciente. “A avaliação de um dermatologista de boa formação, preferencialmente reconhecido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, é essencial para a indicação do procedimento mais adequado, de acordo com o paciente. Devem ser considerados hábitos, rotinas, downtime do procedimento, riscos e benefícios. A anamnese e o exame clínico, muito treinados por nós e deficiente nas outras profissões, são essenciais para o sucesso do tratamento”, finaliza Thales.

Fonte:
https://goo.gl/FfN4lb

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